SEGURANÇA DOS CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS
Atualmente, 80,6% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva utilizam algum método para prevenir a gravidez. Entre as que optam por um método contraceptivo temporário, tal como a pílula anticoncepcional, o DIU Hormonal ou a camisinha, mais da metade escolhe a pílula. Esse método é cada vez mais adotado no mundo todo. Entretanto, como todo remédio, precisa ser utilizado com segurança.
A segurança de um medicamento é a avaliação do potencial de riscos que ele pode trazer à paciente. Assim, devem ser levados em conta os efeitos adversos e complicações que a utilização da pílula pode provocar. Veja agora os principais fatores que interferem no uso seguro da pílula:
Idade: As mulheres podem usar o anticoncepcional oral combinado desde a primeira menstruação até à menopausa, a menos que existam doenças que contraindiquem seu uso.
Fumo: Mulheres que fumam mais de 15 cigarros por dia têm três vezes mais chance de risco de infarto quando comparadas a não fumantes. Esse risco aumenta em usuárias de pílulas orais combinadas.

Obesidade: Mulheres com índice de massa corpórea (IMC) maior que 40 kg/m2 têm obesidade mórbida, o que é um fator de risco para doença cardiovascular e tromboembolismo venoso. A Organização Mundial da Saúde (OMC) recomenda que mulheres com IMC maior ou igual a 30 utilizem de anticoncepcionais com cautela – consultando sempre um médico sobre as diferentes opções de contracepção.
Hipertensão: Hipertensas que tomam pílula têm dez vezes mais risco de desenvolver isquemias e hemorragias, quando comparadas a não usuárias, com pressão arterial anormal. Desse modo, a hipertensão não controlada pode ser considerada um fator de risco para a utilização da pílula.
Tromboembolismo: A OMS recomenda cautela quanto ao uso de anticoncepcionais orais combinados para mulheres com histórico anterior ou atual de tromboembolismo (trombose venosa profunda e embolia pulmonar). Para usufruir dos benefícios da pílula com segurança, o melhor a se fazer é consultar um especialista antes de optar por esse método contraceptivo.
Enxaqueca: acompanhada de sintomas neurológicos, estão sob risco três vezes mais alto de derrame (acidente vascular cerebral ou AVC) do que mulheres que não tomam pílula.
Mulheres com mais de 35 anos de idade e enxaqueca, mesmo sem sintomas neurológicos, devem considerar outro método contraceptivo.
Uso de drogas: algumas drogas podem interferir na ação dos contraceptivos hormonais, alterando sua eficácia ou aumentando o seu efeito tóxico. Drogas indutoras de enzimas hepáticas, por exemplo, aumentam o metabolismo do etinilestradiol e dos progestógenos, e podem reduzir a eficácia dos contraceptivos. Portanto, é importante falar com o seu médico sobre a influência na segurança das pílulas exercida por certas drogas e medicamentos.
Critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos contraceptivos
Fontes:
FEMINA. Manual de anticoncepção da FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)Vol. 37, nº 9. Set. 2009.
FEMINA. Métodos anticoncepcionais hormonais. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)Vol. 36, nº 10. Out. 2008.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pesquisa nacional de demografia e saúde da criança e da mulher: PNDS 2006. Brasília. 2009.
Medical eligibility criteria for contraceptive use — 5th ed. © World Health Organization 2015
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