Contracepção x Doenças Crônicas

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Contracepção x Doenças Crônicas

Entenda qual método escolher para esses casos

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Entenda qual método escolher para esses casos

Parte importante do planejamento familiar e da saúde reprodutiva, a escolha do método contraceptivo pode enfrentar alguns complicadores para mulheres que têm doenças crônicas. Algumas dessas condições podem influenciar a eficácia e segurança desses métodos, reduzindo as opções de escolha. No entanto, a ciência caminhou para que todas tenham acesso a métodos contraceptivos eficazes1. Entenda qual a melhor opção para cada caso.

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Diabetes2

Mulheres com diabetes, especialmente aquelas que apresentam complicações, devem ser cautelosas ao escolher um método contraceptivo.

 

  • Recomendado: DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, é considerado seguro e eficaz para mulheres diabéticas.
  • Cautela: pílulas contraceptivas combinadas (estrogênio e progesterona) podem influenciar o metabolismo da glicose e requerem monitoramento cuidadoso.

Conheça mais sobre Diabetes e suas complicações.

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Hipertensão2

Mulheres com pressão alta precisam considerar o impacto potencial dos contraceptivos em sua condição.

 

  • Recomendado: o DIU, tanto o de cobre quanto o hormonal, é uma excelente opção, pois não apresenta os riscos cardiovasculares associados a algumas outras formas de contracepção.
  • Cautela: contraceptivos orais combinados podem elevar a pressão arterial em algumas mulheres.

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Doenças Cardíacas2

Condições que afetam o coração demandam uma escolha contraceptiva meticulosa para evitar complicações adicionais.

 

  • Recomendado: o DIU é amplamente recomendado devido à sua natureza não sistêmica e ausência de riscos associados ao estrogênio.
  • Cautela: Pílulas combinadas (estrogênio e progesterona), adesivos e anéis vaginais, todos contendo estrogênio, podem aumentar o risco de trombose.

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Epilepsia2

A interação entre contraceptivos e antiepilépticos é uma preocupação principal.

 

  • Recomendado: DIU de cobre é uma opção segura e não é afetado por medicamentos antiepilépticos.

(v)

Lupus Eritematoso Sistêmico (LES)2

O LES é uma doença autoimune, e a contracepção pode ser um desafio, principalmente se a paciente tiver anticorpos antifosfolípides.

 

  • Recomendado: DIU, especialmente o hormonal, é frequentemente a primeira escolha para mulheres com LES que não possuem anticorpos antifosfolípides.
  • Cautela: Pílulas contendo estrogênio são geralmente evitadas, especialmente em mulheres com anticorpos antifosfolípides, devido ao risco aumentado de trombose.

(i)

Doenças da Tireoide2

Mulheres com distúrbios da tireoide devem considerar possíveis interações entre seus medicamentos e contraceptivos.

 

  • Recomendado: DIU, seja de cobre ou hormonal, é seguro e não interfere no tratamento da tireoide.

 

DIU como a melhor recomendação 

Para quem sofre com doenças crônicas, o DIU surge frequentemente como uma opção de destaque devido à sua segurança, eficácia e mínima interação com outros medicamentos ou condições.

 

No entanto, se você tem alguma doença crônica, é preciso conversar com a sua ginecologista para levar em consideração todas as nuances da sua condição de saúde e das suas necessidades específicas.3

 

Referências:

1. Curtis, K. M., Tepper, N. K., Jatlaoui, T. C., et al. (2016). U.S. Medical Eligibility Criteria for Contraceptive Use, 2016. Morbidity and Mortality Weekly Report, 65(3), 1–103.

2. Altshuler AL, Gaffield ME, Kiarie JN. The WHO's medical eligibility criteria for contraceptive use: 20 years of global guidance. Curr Opin Obstet Gynecol. 2015 Dec;27(6):451-9. doi: 10.1097/GCO.0000000000000212. PMID: 26390246; PMCID: PMC5703409.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.– Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Acesso em outubro de 2023.

 

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Amenorreia: será que eu tenho?

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Amenorreia: será que eu tenho?

A amenorreia é a ausência da menstruação que pode ser de dois tipos: a primária é caracterizada pela falta de sangramento até os 14 ou 16 anos a depender da presença ou não de outras características sexuais como pelos pubianos, broto mamário e etc.

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A amenorreia é a ausência da menstruação que pode ser de dois tipos: a primária é caracterizada pela falta de sangramento até os 14 ou 16 anos a depender da presença ou não de outras características sexuais como pelos pubianos, broto mamário e etc. A secundária ocorre quando a menstruação teve início no período normal, mas passa a se ausentar por períodos de três a seis meses.

 

Os sintomas associados à amenorreia são dores de cabeça intensas, acne, falta de lubrificação vaginal, alterações da voz, aumento do crescimento dos pelos pelo corpo, aumento dos seios e cólicas periódicas sem sangramento. Todos esses sintomas podem aparecer em mulheres completamente saudáveis, pois a doença pode se desenvolver a qualquer momento. Também existem mulheres que podem ter amenorreia de forma assintomática.

 

Nos casos de amenorreia primária, o atraso no sangramento pode ser causado por defeitos congênitos no sistema reprodutor da mulher, problemas hormonais e até mesmo pela falta de abertura na membrana presente na entrada da vagina, o hímen, que muitas vezes pode ser tão espesso a ponto de não dar vasão à menstruação. Já na amenorreia secundária, as causas podem ser perda de peso de forma drástica, transtornos alimentares, gravidez desconhecida pela paciente, estresse, ansiedade, obesidade, desequilíbrio hormonal, excesso de exercícios físicos, falha ovariana prematura e cicatrização uterina após algum processo cirúrgico.

 

Amenorreia: será que eu tenho?

O diagnóstico é realizado pelo ginecologista por meio da avaliação do histórico da paciente, exames de sangue, ultrassom pélvico e exames ginecológicos. O tratamento depende da causa da amenorreia: se o atraso for considerado normal, com a menina tendo sinais da puberdade até os 14 anos, é recomendado aguardar até a paciente completar 16 anos. Do contrário, o médico analisará caso a caso e verificará o melhor tratamento para cada causa, como mudança de estilo de vida, uma dieta específica e o uso de medicamentos adequados. Se sua menstruação for interrompida abruptamente e se mantiver ausente por mais de três meses, sem sinais de gravidez, procure seu ginecologista. É importante investigar se o motivo é a amenorreia ou outra doença que provoque a suspensão do sangramento, que podem até mesmo comprometer a fertilidade da mulher.

 

Fonte:

MEDICINANET; Amenorreia. Disponível em: . Acesso em 17 de abril de 2014.

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Mioma

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Mioma

Miomas ou fibromas são tumores benignos do útero, consistindo em um distúrbio hormonal que causa um enovelamento das fibras musculares e assim, forma nódulos nesse órgão.

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Miomas ou fibromas são tumores benignos do útero, consistindo em um distúrbio hormonal que causa um enovelamento das fibras musculares e assim, forma nódulos nesse órgão. Possuem uma coloração esbranquiçada e sua consistência é firme. Em sua maioria, os miomas são múltiplos.

 

Fibroma é uma doença que afeta cerca de 50% das mulheres, em sua maioria de pele negra. Outros fatores que elevam a propensão ao desenvolvimento de mioma são a obesidade e a nuliparidade (não ter filhos).

 

O estrogênio é o principal causador dessa doença. Por isso, a maior incidência de miomas ocorre no auge da fase reprodutiva até a chegada da menopausa.

 

Fonte:

Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Fibromioma do útero. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.9-11. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP

 

Sintomas

 

A maioria das mulheres não apresentam sintomas da doença, mas dependendo do tamanho, da quantidade e da localização do mioma é possível apresentar os seguintes sintomas:

 

  • Sangramento uterino anormal;
  • Pressão na bexiga;
  • Dor no abdômen;
  • Dor lombar;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Dor pélvica com hemorragia.

 

Fonte:

Helito, Alfredo Salim; Kauffman, Paulo. Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia da família. In: Mioma Uterino. 2007. 1ª Edição. P.96-97. Editora Nobel. São Paulo – SP.

 

Diagnóstico

Por se tratar de uma doença assintomática, cerca de 80% das mulheres descobrem que possuem miomas em exames de rotina, tais como ultrassom e exame ginecológico.

 

Fonte:

Helito, Alfredo Salim; Kauffman, Paulo. Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia da família. In: Mioma Uterino. 2007. 1ªEdição. P.96-97. Editora Nobel. São Paulo – SP.

 

Tratamentos e Cuidados

 

Os miomas devem ser tratados independentemente de apresentar sintomas ou não. O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico e é realizado de acordo com o histórico da paciente e da quantidade e tamanho dos nódulos.

 

O tratamento medicamentoso pode ser feito com o uso de diversos medicamentos que podem ser tanto de uso oral como injetáveis. Alguns exemplos são: anti-inflamatórios não hormonais, progestágenos, drogas inibidoras hormonais, entre outros.

 

Caso a mulher tenha mais de 35 anos de idade e possua filhos, um dos tratamentos indicados é a histerectomia, que consiste na retirada do útero com os miomas, por meio da laparoscopia, videolaparoscopia ou via vaginal. Quando a mulher deseja manter o útero, pode se optar pelo tratamento medicamentoso ou retirar somente os miomas, mas com grandes possibilidades de futuramente surgirem novos miomas. Nesse caso, é indicado também o uso de medicamentos que bloqueiam a produção de hormônios.

 

Mulheres que desejam engravidar devem receber um tratamento especial, pois os miomas podem prejudicar a fertilidade, podendo levar a um aborto. Quando a mulher consegue engravidar, os fibromiomas não podem ser retirados, mas deve-se tomar cuidado, pois podem induzir ao parto prematuro devido ao seu aumento volumétrico. Após o parto, eles devem ser removidos.

 

Em último caso, quando a mulher não deseja realizar uma cirurgia, o tratamento indicado é a embolização, que consiste na obstrução das artérias do útero com partículas sólidas que reduzirão o aporte sanguineo aos miomas, diminuindo o volume uterino e a quantidade dos nódulos.

 

Fonte:

Helito, Alfredo Salim; Kauffman, Paulo. Saúde: entendendo as doenças, a enciclopédia da família. In: Mioma Uterino. 2007. 1ª Edição. P.96-97. Editora Nobel. São Paulo – SP. Leiomioma uterino; manual de orientação da Febrasgo/ editores Nilo Bozzini – São Paulo: Ponto, 2004 p70-74.

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Osteoporose

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Osteoporose

Osteoporose é definida como a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento. Essa doença provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio.

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osteoporose

Osteoporose é definida como a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento. Essa doença provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio.

 

Três em cada quatro pacientes são do sexo feminino. Afeta principalmente as mulheres que estão na fase pós-menopausa.

 

A fragilidade dos ossos nas mulheres é causada pela ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que os tornam porosos como uma esponja. É a maior causa de fraturas e quedas em idosos.

 

Os principais fatores de risco de desenvolvimento dessa doença são:

  • Pele branca;
  • Histórico familiar de osteoporose;
  • Vida sedentária;
  • Baixa ingestão de Cálcio e /ou vitamina D;
  • Fumo ou bebida em excesso;
  • Medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, glocorticoides e heparina;
  • Doenças de base, como artrite reumatoide, diabetes, leucemia, linfoma.

 

Os locais mais afetados por essa doença são a coluna, o punho e o colo do fêmur, sendo este último o mais perigoso.

 

É considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Sintomas

Além das fraturas nos ossos e quedas, a perda de massa óssea pode provocar os seguintes sintomas:

 

  • Dor crônica;
  • Deformidades;
  • Perda de qualidade de vida e/ou desenvolvimento de outras doenças, como pneumonia;
  • Redução da estatura;

 

As fraturas de quadril podem levar à imobilização da paciente, e requerer cuidados de enfermagem por longo prazo.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Sintomas osteoporose
Diagnóstico

Geralmente, é diagnosticada somente após a ocorrência da primeira queda, pois os sintomas não são perceptíveis.

 

O principal método para diagnosticar a osteoporose é a densitometria óssea. Esse exame mede a densidade mineral óssea da coluna lombar e no fêmur.

 

O resultado pode ser classificado como: normal, osteopenia e osteoporose.

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Diagnósticos Osteoporose
Exames

Problema comum nas mulheres após a menopausa, a osteoporose consiste na redução da massa dos ossos, com alterações em sua microestrutura. Essa doença torna mais frágil a estrutura óssea da paciente, aumentando a probabilidade de ocorrerem fraturas, que podem ter graves consequências. Entretanto, a osteoporose é uma doença silenciosa que, na maioria das vezes, evolui sem sintomas. Mantendo acompanhamento médico regular, é possível identificá-la e iniciar o tratamento o quanto antes.

 

Densitometria óssea

 

O exame de referência para o diagnóstico da osteoporose hoje é a densitometria óssea. A medida da massa óssea permite determinar o risco da paciente vir a ter fraturas, auxiliando a identificação da necessidade de tratamento. Também possibilita avaliar as mudanças na massa óssea com o tempo. O exame é realizado por técnica de DEXA – sigla em inglês para absorciometria por raio X com dupla energia.

 

O diagnóstico da osteoporose é realizado por meio da avaliação dos antecedentes pessoais da paciente, da avaliação da densidade da coluna lombar e do fêmur proximal, colo femoral e/ou fêmur total e antebraço, segundo os critérios propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

A densitometria óssea vai refletir a situação atual da paciente, sendo necessário fazer comparações com exames anteriores para identificar o ganho ou a perda de massa óssea, identificando a evolução da doença ou a eficácia do tratamento. O intervalo entre os exames é definido pelo próprio médico, que leva em conta diversos critérios, como sexo e idade do paciente, a precisão da tecnologia empregada, entre outros. Em geral, são recomendados exames com intervalo mínimo de um a dois anos.

 

As sociedades americanas National Osteoporosis Foundation (NOF) e North American Menopause Society (NAMS) recomendam a realização da densitometria óssea para:

 

– Todas as mulheres com 65 anos ou mais, e nas que tenham doenças que causam perdas ósseas;

 

– Nas mulheres na menopausa ou em transição, com 50 anos ou mais, que tiverem pelo menos os seguintes problemas:

 

  1. uma fratura após a menopausa ou após os 50 anos (exceto no crânio, face, tornozelo ou dedos);
  2. magreza ou IMC ≤ 21 kg/m2;
  3. pais com história de fratura no quadril;
  4. artrite reumatoide;
  5. fumantes atuais;
  6. ingestão excessiva de álcool (≥ três doses por dia)

 

Existem também outras indicações para a solicitação de exames para pesquisar de osteoporose, se você está próxima ou já entrou na menopausa procure seu médico.

 

Fontes:

PINTO NETO, Aarão et al. Consenso brasileiro de osteoporose 2002. Revista Brasileira de Reumatologia. Vol. 42, n. 6, nov./dez. 2002.

WENDER, Maria Celeste O. et al. Climatério. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 144-158.

Prevenção

A prevenção da osteoporose é feita adotando-se hábitos saudáveis ao longo da vida. É preciso redobrar a atenção após a menopausa, já que a queda dos níveis do hormônio estrógeno acelera o processo de perda de densidade óssea, demandando maiores cuidados para prevenir a doença.

 

Acredita-se que cerca de um terço das mulheres brasileiras na pós-menopausa desenvolvem a osteoporose. Apesar disso, 80% das mulheres em idade adulta no nosso país desconhecem a relação entre a menopausa e o aumento dos índices dessa doença, que pode causar fraturas e diminuir muito a qualidade de vida da paciente. Dessa forma, é preciso estar informada para os desafios que envolvem a chegada dessa fase: cuidar da saúde ao longo da vida, e ajustar os hábitos nos momentos em que o corpo pedir maiores cautelas.

 

Um dos elementos fundamentais para garantir a saúde dos ossos é a prática regular de atividade física desde cedo, o que permite alcançar o pico de massa óssea. Exercícios como caminhada, atividades aeróbicas e também com carga contribuem para aumentar um pouco esse índice, que se mantém com a continuidade das atividades.

 

Por outro lado, cuidar da alimentação também pode fazer a diferença na prevenção da osteoporose. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é importante ingerir alimentos ricos em cálcio diariamente, numa quantidade de 1.000 a 1.300 mg por dia – o equivalente a cerca de três porções de leite e derivados. Por exemplo: um copo de leite (250mg de cálcio), um copo de iogurte (300mg) e uma fatia de queijo (300mg).

 

Tomar sol é parte importante no processo de prevenção da doença. Os raios solares são necessários para a produção de vitamina D, substância fundamental na manutenção de um esqueleto saudável. A exposição à luz solar nos horários adequados – pela manhã e ao final da tarde – pode fazer a diferença na produção da vitamina, que também pode ser encontrada em alguns alimentos e suplementos vitamínicos. Num país tropical como o Brasil, tomar sol não é problema – ao sair às ruas para realizar as tarefas diárias, já estamos proporcionando à nossa pele as condições necessárias para produzir vitamina D. Dessa forma, é importante que as pessoas da terceira idade mantenham-se ativas, caminhando ao ar livre e repondo o cálcio através da alimentação e suplementos, quando indicado pelo médico.

 

Fontes:

DISSAT, Cristina. Prevenção da osteoporose: a dose ideal. Disponível em: http://www.endocrino.org.br/prevencao-da-osteoporose-dose-ideal/. Acesso em 13/03/2018.

PINTO NETO, Aarão et al. Consenso brasileiro de osteoporose 2002. Revista Brasileira de Reumatologia. Vol. 42, n. 6, nov./dez. 2002.

VEJA. 90% das brasileiras não ingerem quantidade adequada de cálcio. 17 out. 2012. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/90-das-brasileiras-nao-ingerem-quantidade-adequada-de-calcio. Acesso em 13/03/2018.

WANNMACHER, Lenita. Manejo racional da osteoporose: onde está o real benefício? In: Uso racional de medicamentos: temas selecionados. Vol. 1, n. 7, Brasília, Jun. 2004.

Tratamentos e cuidados

Os tratamentos atuais para a osteoporose não revertem a perda óssea completamente. Como a osteoporose é frequentemente diagnosticada somente após a instalação da doença, considera-se que uma das melhores estratégias sejam as medidas preventivas que retardam ou evitam o desenvolvimento da doença.

 

Para isso, durante a juventude deve-se melhorar o pico de massa óssea, reduzir as perdas ao longo da vida e evitar as quedas. As principais indicações são:

 

  • Alimentação balanceada, com atenção para o cálcio dietético (leite e derivados);
  • Uso de medicamentos com cálcio e vitamina D;
  • Exposição moderada ao sol, para que ocorra a síntese da vitamina D;
  • Prática regular de exercícios físicos, como caminhada – que estimula a formação óssea e previne a reabsorção;
  • Terapia hormonal (para mulheres).

 

Fonte:

Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Tratamentos atuais para a osteoporose
Convivendo

Para amenizar os efeitos da osteoporose é necessária a ingestão de grande quantidade de cálcio. Para isso, são indicados os seguintes alimentos:

 

Produtos lácteos

Leite

1 xícara

292 mg

Iogurte

1 xícara

415 mg

Queijo cottage

1 xícara

138 mg

Queijo em geral

28 grs

174 mg

Vegetais

Espinafre (cozido)

1 xícara

245 mg

Brócolis (cozido)

1 xícara

78 mg

Peixe

Sardinha (enlatada)

100 g

379 mg

Salmão (enlatado)

100 g

237 mg

Tofu

Firme

1 xícara

516 mg

Regular

1 xícara

260 mg

 

Fonte:

Harvard Men’s Health Watch (tradução do autor)
Volume 13 — Number 5 — December 2008

Convivendo com a osteoporose

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HPV

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HPV

O Human Papiloma Virus, ou HPV, é um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. É uma infecções sexualmente transmissíveis (IST).  A ausência de camisinha no ato sexual é a principal causa da transmissão.

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Human Papiloma Virus, ou HPV, é um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. É uma infecções sexualmente transmissíveis (IST). A ausência de camisinha no ato sexual é a principal causa da transmissão.

Também é possível a transmissão do HPV de mãe para filho no momento do parto, quando o trato genital materno estiver infectado. Entretanto, somente um pequeno número de crianças desenvolverá a papilomatose respiratória juvenil.

O HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus. Quando não é tratado, torna-se a principal causa de câncer do colo do útero e da garganta. 99% das mulheres com câncer de colo do útero foram infectadas por esse vírus.

Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

O que é HPV?

Sintomas

O HPV pode ser sintomático clínico e subclínico. Quando sintomático clínico, o principal sinal da doença é o aparecimento de verrugas genitais na vagina, pênis e ânus.

É possível também o aparecimento de prurido, queimação, dor e sangramento. Espalham-se rapidamente, podendo se estender ao clitóris, ao monte de Vênus e aos canais perineal, perianal e anal.

Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta do homem e da mulher.

Nos homens, a maioria das lesões se encontra no prepúcio, na glande e no escroto. As verrugas apresentam um aspecto de uma couve-flor.

Já os sintomas do HPV subclínico (não visível a olho nu) podem aparecer como lesões no colo do útero, na região perianal, pubiana e ânus.

Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Diagnóstico

O HPV pode ser diagnosticado através do exame ginecológico e de exames laboratoriais, como Papanicolau, colposcopia, peniscopia e anuscopia.

Deve-se realizar diagnóstico diferencial com outras lesões papilomatosas, incluindo variações anatômicas (glândulas sebáceas, pápulas perláceas do pênis), outras doenças infecciosas e neoplasias.

Lesões Benignas Comuns na Pele

  • Querastoses seborréticas – lesões hipertróficas de superfície rugosa.
  • Nevos-lesões tipicamente elevadas, porém tipos pedunculados podem ocorrer.
  • Pápulas perláceas do pênis – pápulas circunscritas, com 1 a 2mm de diâmetro, usualmente sobre a porção proximal de glande.

Neoplasias (se houver suspeita, a biópsia se faz necessária)

  • Papulose boewnóide – carcinoma in situ, pápulas rugosas únicas ou múltiplas, de 2 a 4mm de diâmetro, variando de cor da pele a vermelhos-acastanhado, recalcitrante às terapias habituais para verrugas.
  • Melanona maligno – tipicamente único, pode ser plano ou elevado com variação na cor e formato.
  • Condiloma gigante ou tumor de Buschke-Lowenstein – lesão maligna de baixo grau, localmente invasiva que pode surgir como condiloma pedunculado.  

Fonte: 
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Exames

O HPV pode ser identificado por meio de lesões que aparecem ao longo do trato genital, podendo chegar até o colo do útero. Ao perceber essas alterações nos exames ginecológicos comuns, o médico poderá solicitar mais exames para confirmar o diagnóstico. Conheça os principais:

Papanicolau: exame preventivo mais comum, detecta as alterações que o HPV pode causar nas células e um possível câncer, mas não é capaz de diagnosticar a presença do vírus. Recomenda-se que as mulheres realizem anualmente a partir dos 25 anos de idade. Com dois resultados negativos, a periodicidade do exame passa a ser a cada três anos, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.

Colposcopia: feito com um aparelho chamado colposcópio, que aumenta a visão do médico de 10 a 40 vezes, o exame permite a identificação de lesões na vulva, na vagina e no colo do útero. A colposcopia é indicada nos casos de resultados anormais do exame de Papanicolau para saber a localização precisa das lesões precursoras do câncer de colo do útero. Após a identificação das regiões com suspeita de doença, remove-se um fragmento de tecido (biópsia) para confirmação diagnóstica.

Detecção molecular do HPV

Captura Híbrida: é um teste qualitativo de biologia molecular. A técnica investiga a presença de um conjunto de HPV de alto risco, mesmo antes da manifestação de qualquer sintoma, por meio da detecção de seu DNA, confirmando ou descartando a existência da infecção pelo vírus. Para realizá-la, o médico deve obter material da região genital ou anal por meio de uma escovinha especial, que é enviada para análise laboratorial.

PCR (reação em cadeia de polimerase): por meio de métodos de biologia molecular com alta sensibilidade, esse teste detecta a presença do genoma dos HPV em células, tecidos e fluidos corporais. É capaz de identificar a presença de praticamente todos os tipos de HPV existentes.

Fonte:
Ministério da Saúde. Guia Prático Sobre HPV. Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/guia-perguntas-repostas-MS-HPV-profissionais-saude2.pdf   Acesso em 13/03/2018.
Varella, D. HPV (Papilomavírus Humano). Disponível em: http://drauziovarella.com.br/sexualidade/hpv-papilomavirus-humano/. Acesso em 13/03/2018.
Ministério da Saúde. Condiloma acuminado (HPV). Departamento de IST, Aids e Hepatite.  Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/236_condiloma.html. Acessado em 13/03/2018.

Prevenção

Para evitar a contaminação pelo HPV recomendam-se os seguintes cuidados:

  • Uso de camisinha masculina, para todos os tipos de relações sexuais (oral, anal, genital);
  • Uso de camisinha feminina;
  • Vacina quadrivalente (previne contra o HPV 6,11,16 e 18) ou bivalente (previne contra o HPV 16 e 18);
  • Rotina do exame preventivo (Papanicolau);
  • Evitar fumar, beber em excesso e usar drogas, pois essas atividades debilitam o sistema de defesa do organismo, tornando a pessoa mais susceptível ao HPV.

Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM 17.178 – SP

Prevenção HPV

Tratamentos e cuidados

Na maioria dos casos, o HPV não causa sintomas e é eliminado espontaneamente pelo corpo. Entretanto, de 30 a 40% dos tipos existentes de HPV podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando lesões como as verrugas genitais e as alterações pré-cancerígenas no colo do útero. A forma de tratamento deverá ser escolhida levando-se em conta a idade da paciente, o tipo de HPV, a extensão e a localização das lesões.

Verrugas genitais

O tratamento para as verrugas genitais é bastante trabalhoso, já que elas podem voltar a aparecer várias vezes em até 50% dos casos, exigindo muitas aplicações, ao longo de semanas ou meses. É importante ter disciplina e paciência. Pode ser feito por laser, crioterapia (congelamento) ou cirurgia com uso de anestésicos locais. Podem ser utilizadas substâncias químicas diretamente nas verrugas, como a podofilina e seus derivados, e o ácido tricloroacético. Além disso, existem compostos que estimulam o sistema imune quando aplicados topicamente.

Câncer de colo de útero

O tratamento depende do estágio do câncer. Em alguns casos em que o câncer está restrito ao revestimento do colo do útero, o médico pode conseguir removê-lo completamente, por meio de bisturi ou excisão eletrocirúrgica.

Como o câncer pode recidivar, os médicos aconselham as mulheres a retornarem ao controle e à realização do exame de Papanicolau e da colposcopia a cada seis meses. Após dois resultados negativos, o seguimento passa a ser a cada três anos.

Quando o câncer se encontra em um estágio mais avançado, a histerectomia radical (cirurgia para a retirada do útero e das estruturas adjacentes) e a remoção dos linfonodos são necessárias. A radioterapia é altamente eficaz no tratamento do câncer de colo do útero avançado que não se disseminou além da região pélvica. Apesar de a radioterapia geralmente não provocar muitos problemas imediatos, pode afetar o reto e a vagina. Uma lesão tardia da bexiga ou do reto pode ocorrer e, geralmente, os ovários deixam de funcionar. Quando há disseminação do câncer além da pelve, a quimioterapia é algumas vezes recomendada.

Fonte:  
Ministério da Saúde. Guia Prático Sobre HPV. Disponível em:  
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/guia-perguntas-repostas-MS-HPV-profissionais-saude2.pdf  Acesso em 13/03/2018.  
Varella, D. HPV (Papilomavírus Humano). Disponível em: http://drauziovarella.com.br/sexualidade/hpv-papilomavirus-humano/. Acesso em 13/03/2018.

Cuidados

Usar camisinha em todas as relações sexuais é importantíssimo para prevenir a transmissão do HPV e outras doenças. No caso do HPV, existe ainda a possibilidade de contaminação por meio do contato de pele com pele, e pele com mucosa. Isso significa que qualquer contato sexual – incluindo sexo oral e masturbação – pode transmitir o vírus. O contágio também pode ocorrer por meio de roupas e objetos, o que torna a vacina um elemento relevante da prevenção, bem como a prevenção e tratamento em conjunto do casal.

A vacina contra o HPV pode prevenir diversas doenças causadas pelo vírus. Conheça as indicações aprovadas pela Anvisa no Brasil, segundo o Guia do HPV:

 Vacina BivalenteVacina Quadrivalente
Indicação

Contra HPV 16 e 18 Para mulheres de 10 a 25 anos

 

Três doses (hoje, 1 mês e 6 meses)

Contra HPV 6, 11, 16 e 18 Para mulheres e homens de 9 a 26 anos

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